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Sobre João Rafael

Resistir é Preciso:
A História de João Rafael

João Rafael da Conceição Dias é muito mais do que um currículo. É pai, filho, companheiro, militante, assistente social, vascaíno, e, acima de tudo, alguém que fez da própria vida um campo de resistência e transformação.

Nascido na Baixada Fluminense, em São João de Meriti, e criado entre Belford Roxo, Duque de Caxias e Queimados, João Rafael foi, desde cedo, um sobrevivente e um sonhador. Vendeu doces, salgados e balas nos trens e sinais do Rio de Janeiro desde os 11 anos, para ajudar a sustentar a família. Viu de perto o impacto das desigualdades, da violência e das perdas — incluindo a morte precoce de uma cunhada por violência obstétrica, que gerou em sua vida um compromisso ainda mais profundo com as lutas sociais.

Mesmo quando a escola parecia um lugar estranho e a universidade um sonho distante, João Rafael persistiu. E se tornou o primeiro da sua família a entrar numa universidade pública. Graduou-se em Serviço Social pela UNIRIO e seguiu adiante: mestre pela PUC-Rio, doutorando pela UERJ, com especializações pela FIOCRUZ, UFRJ e INTROCRIM. Mas como ele mesmo gosta de dizer, não é um currículo que o define. É o caminho coletivo, feito de encontros, dores e vitórias compartilhadas, que molda sua trajetória.

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Sua vida é um roteiro pendular

Sua vida é um roteiro pendular: das feiras e “busões” às salas de aula, das ocupações estudantis à militância nas lutas sociais. João Rafael construiu uma prática profissional que articula teoria crítica e compromisso com a transformação social. Atuou em unidades penais, escolas, equipamentos da saúde e da assistência social, e hoje coordena pós-graduações e forma novas gerações de assistentes sociais com uma abordagem radicalmente crítica e humanizada.

Seus poemas e memórias — que vão de homenagens a figuras históricas como Olga Benário e Dandara a versos autorais sobre a vida nas favelas — são parte dessa construção. São registros de alguém que não apenas analisa o mundo, mas o vive com intensidade e paixão, e que sabe que a mudança começa nas esquinas, nos trens, nas praças, nos corredores dos serviços públicos.

João Rafael gosta de dizer que "o camelô vai virar doutor". Mas mais do que um título, essa conquista é um símbolo da capacidade de resistência da classe trabalhadora e da potência coletiva que transforma vidas. Por isso, a sua caminhada não é só dele: é uma construção compartilhada com quem o inspirou e com quem ele inspira. É um convite para acreditar que um outro mundo é possível — um mundo em que sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres.

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